terça-feira, 1 de abril de 2008

Bloco de 400 km2 se desprende de plataforma de gelo na Antártida;

Um bloco de gelo de pouco mais de 400km² começou a se desprender da plataforma de Wilkins, na Península Antártida, e a derreter no mar sob o efeito do aquecimento global.

Imagens de satélites mostram que uma parte da plataforma já iniciou processo de desintegração e logo virá a desaparecer.

O que são plataformas?

Plataformas são extensões flutuantes do lençol de gelo que cobre a base rochosa da Antártida, segundo o site da British Antarctic Survey (BAS), que monitora a região.

Wilkins se manteve estável pela maior parte do século 20, mas nos anos 90 começou a se retrair, ou seja, começou a se manisfetar por meio de um desprendimento de blocos em 1998. Nos últimos 30 anos outras plataformas se perderam na mesma área do continente. O que nos leva a crer que devido ao aumento do aquecimento global tudo acontece mais depressa.

A desintegração foi vista com a formação de um Iceberg, em 28 de fevereiro. Hoje a plataforma de Wilkins está presa por um fio, apenas duas faixas de gelo entre duas ilhas que a protege.

Os pesquisadores temem pelo que possa acontecer com a ausência desta plataforma, pois poderá ocorrer uma exposição das geleiras no interior do continente, sendo estas formadas por água fresca. A preocupação maior é que seu derretimento afete o nível dos oceanos.

Em 1993 estudos já mostravam que dentro de 30 anos se o aquecimento global continuasse ocorrendo à parte norte da plataforma de Wilkins iria desaparecer. Segundo os cientistas, a Península Antártida tem passado por um aquecimento sem precedentes nos últimos 50 anos, de quase 3ºC.

Contudo outros pesquisadores afirmam que a plataforma de Wilkins pode resistir por mais tempo, pois o período de derretimento de gelo na Antártida está chegando ao fim. E ainda há estudiosos que acreditam que em janeiro de 2009 a plataforma pode vir a desaparecer de vez.


Um comentário:

Carlos Castilho disse...

Juliana,
O teu texto está perfeito para uma revista de adultos. Escrever para jovens não significa tornar o texto super simpoles, tipo be-a-bá. Significa explorar aquilo que o mais pode chamar a atenção do jovem. Neste caso há dois aspetos: que o aquecimento está se acelerando o que vai afetar o futuro dos jovens, ou ainda que nesta historia de aquecimento ainda há muita coisa pouco clara. No caso deste bloco da Antartida, alguns são apocalipticos e outros dizem que é isto ocorre em todos os verões. No meio deste tiroteio informativo, o jovem é quem fica mais perdido por isto desconfia de todos. Para escrever para jovens você deve tentar se identificar com os temas e preocupações deles.
Abração
Castilho